sábado, 1 de janeiro de 2011

Eu te amo, mas sou feliz sem você




No final de novembro fui buscar minha mãe que chegava de Portugal, enquanto aguardava o vôo dela chegar, resolvi ir até uma livraria do próprio aeroporto a fim de passar o tempo. E nesse tempo tive a oportunidade de ver um livro com um título um tanto quanto curioso “Eu te amo, mas sou feliz sem você”.

Esse livro do autor Jaime Jeramilo, da editora Academia, aborda como tema principal, o amor egoísta. Dos amores em que vivemos muitas vezes em nossas vidas, fala da necessidade que temos de depositar a nossa felicidade e nossas realizações em algo ou alguém, fala do apego seja afetivo, material ou ideológico que nutrimos durante nossas vidas.

Confesso que nunca amei uma mulher verdadeiramente, para que pudesse ter esse tipo de amor, mas tive esse amor egoísta pelo meu trabalho. Onde por quase um ano deixei minha vida social, para viver exclusivamente para o meu trabalho, tudo para conseguir ter o tão almejado sucesso profissional.

Enfim, consegui meu objetivo em outra empresa, mas depois vi que a minha felicidade não dependia apenas de um cargo, mas sim de outros fatores, que abdiquei por considerar de menor importância.

O livro em si, abrange mais os relacionamentos, onde se costuma presenciar com mais facilidade essa constante. Tinha escrito em outra oportunidade, que a carência afetiva a falta de auto-estima, faz com que pessoas se submetam a viver com quem não se ama. É o conhecido “relacionamento acomodado”.

Muitas vezes o medo da solidão, o medo de não encontrar outra pessoa que queira ter um relacionamento sério, faz com que se mantenha um relacionamento frustrado.
A aversão ao novo, o medo de se arriscar e se arrepender-se, faz com que na maioria das vezes nos acomodemos com situações desagradáveis.

Conheci uma mulher, que nunca amou o marido, se casou pelo fato de ter engravidado, não conhecia a sensação de ter um orgasmo, mas apesar de ser bonita, não pedia o divorcio, devido ao filho, a dependência financeira, devido à religião, pois é evangélica e devido à família, pois não entenderia a sua posição de se separar de seu marido.

E para amenizar tudo isso, passava a madrugada em salas de bate-papo praticando sexo virtual, para se sentir desejado por outros homens, fato que não acontecia com o seu marido. Tinha essa rotina diária, para assim, amenizar o que sentia amenizar sua falta de coragem em buscar a sua felicidade, buscar se sentir completa e livre, coisa que nunca vivenciou.

Apesar de eu não ser muito fã de livro de auto-ajuda, esse livro “Eu te amo, mas sou feliz sem você”, pode ser uma solução para aquela pessoa, que busca se libertar de um amor narcisista, daquela relação que provoca mais sofrimento do que alegria. É sempre bom termos esperança de salvar uma relação, mas nunca devemos abrir mão da nossa felicidade, por um casamento ou por emprego, como foi o meu caso.

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