domingo, 7 de novembro de 2010

Infidelidade Congênita



Sábado estava em um bar, com algumas amigas, e por acaso ouvi um Funk que me chamou a atenção por sua letra, o refrão da música dizia o seguinte:

“No mundo em que vivo, não vale a pena ser fiel
Quem vive de amor é dono de motel.
Para que eu vou amar, se mais tarde eu posso sofrer
Pois não sei o sentimento que está dentro de você
Hoje em dia o bagulho ta louco, ta todo mundo mentindo
Por isso que eu vou continuar traindo...”.

Será que a fidelidade está tão banalizada e desacreditada assim?

Não sei, mas Nelson Rodrigues já dizia que amar é ser fiel a quem nos trai. Falando em Nelson, era notório em sua obra o tema da traição. Em seus contos quase sempre era possível achar algum personagem infiel.

Onde eu morava tinha um amigo, que tinha um relacionamento fixo com duas mulheres, conhecia a família das duas e amava as duas. Uma era amor, nela ele se sentia seguro, era carinhosa, puritana e dedicada e a outra sentia paixão, um imenso tesão, com ela, ele podia se realizar sexualmente, podia se entregar aos desejos da carne.

Dessa história infelizmente eu não sei o final, não sei se ele continuou com esse relacionamento dúbio, se já casou com uma das duas, ou se foi abandonado pelas duas.

Ele assim, como muitos homens era um canalha, mas um canalha com princípios, com sentimentos nobres em relação às duas mulheres de sua vida. Não era uma relação onde ele engana a namorada e usa a amante vendo a mesma como um pedaço de alcatra, era algo lúdico, mesmo sendo absurdo, de acordo com o padrão de monogamia atual.

Muitas vezes a pessoa trai por carência, auto-afirmação, vingança, vaidade, fetiche, bebedeira…etc). Razões não faltam para tal feito.

Homens e mulheres traem muito mais do que há 30 anos, com a liberação sexual e a liberdade conquistada pelas mulheres, fez com que aumentasse o número de mulheres que traem, mas ainda assim, o homem se supera nesse quesito.

O homem é mais sexual, mais carnal, por isso que na maioria das vezes trai na primeira oportunidade que tiver. O homem quando trai deixa o coração de lado, somente usa o corpo. Ele pode trair simplesmente por desejo de ocasião, sem deixar de amar sua mulher.

Já a mulher em sua maioria, trai com o coração, invariavelmente a mulher precisa de um motivo que justifique sua traição, ao contrário de muitos homens que necessitam apenas de uma oportunidade, para consumar tal ato.

A internet é uma vilã, que facilita ainda mais algum possível deslize. Em salas de bate-papo a mulher cândida, resignada, pode encontrar um homem que sinta desejo por ela, coisa que o marido deixou de sentir.
Em sites de relacionamentos, maridos entediados buscam sexo fácil, um outro corpo para fugir da rotina angustiante que se transforma o casamento, como acontece em muitos casos.

Fatos como esse do meu amigo, relacionado à traição, me faz lembrar de uma frase de um amigo gaúcho, que disse certa vez, quando estávamos falando sobre o tema que:“cachorro só fuça o lixo do vizinho quando não se tem comida em casa”.

Analogia genial, na maioria dos casos, que vai de encontro ao que eu penso, pois acredito que a fidelidade em si, esteja atrelada ao tesão, ao desejo que se tem em relação a pessoa que deita ao seu lado, em sua cama.

A infidelidade é congênita, e estamos propícios a pular a cerca desde o nascimento, está enraizado em nossos genes, que provém de nossa árvore genealógica, onde a poligamia era praticada por nossos antepassados. Sendo que no oriente médio, tal prática é usada até os dias de hoje.

A solução para fugir de uma eventual traição, pode ser simples, é sempre bom dar asas a nossa imaginação aos nossos desejos, buscar a realização da nossa fantasia, sem ter constrangimento de pedir para a pessoa que está ao nosso lado. Uma visita a um sex shop, pode ser a solução para evitar, uma possível traição e por conseqüência o término de um relacionamento. O baralho ou o livro do Kama Sutra é uma boa pedida, pois não é por acaso que as posições do Kama Sutra, fazem sucesso entre os casais, desde o século IV.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Solidão de nossos tempos


Há um tempo atrás, eu vi uma matéria um tanto quanto curiosa, em que mostrava um japonês que era apaixonado por seu travesseiro. O travesseiro em questão era estampado com uma personagem de mangá (histórias em quadrinhos de origem japonesa).

O dito cujo, anda para onde for com seu travesseiro de 1 metro, inclusive leva para jantar, pedindo mesa para dois, viaja, colocando o travesseiro no banco do carona de seu carro, como se fosse uma namorada de verdade.

Esse homem deu uma entrevista para a rede britânica de televisão BBC, dizendo que se apaixonou pelo travesseiro, pelo fato de não amar e não ser amado por nenhuma mulher de verdade. Disse que devido à solidão, se apaixonou pelo seu travesseiro, pois ao lado de seu travesseiro se sentia bem, se sentia reconfortado. Isso tudo aconteceu devido a solidão.

A solidão é um dos males que assombra as pessoas nos dias de hoje, a carência afetiva se evidência cada vez mais, a cada ano que passa as pessoas estão mais carentes, mais sozinhas em si. Quanto mais criam ferramentas, atalhos para diminuírem a distancia um do outro, mais nos sentimos sozinhos.

Conheço muitas pessoas que mantém um relacionamento frustrado, para não ficar só, o medo da solidão faz suportar dormir ao lado de alguém que não se ama. É por esse motivo que muitos relacionamentos começam e pelo mesmo motivo que não terminam. Tudo pela dependência de ter alguém ao nosso lado, o medo de ficar só.

Muitas pessoas tentam de todos os modos conquistarem o amor de alguém, mesmo sabendo que nunca irá conseguir tal reciprocidade de seu amor.

Nunca devemos forçar alguém a nos amar, nem sentir culpa pelo fato de não termos conquistado o amor da pessoa desejada. O amor é um sentimento natural, que vem derrepente, num rompante de desejo, ou vem com o tempo, ou simplesmente não vem.

O amor de um jamais irá suprir a falta de amor do outro. Posso dizer “Eu te amo” para a pessoa amada, mas jamais exigir que o outro também o diga com a mesma intensidade e com a mesma sinceridade. O amor só cresce e florece à sombra de outro amor, nunca vingará na ausência de tal sentimento. Você pode possuir o corpo, mas jamais o espírito da pessoa que se ama.

É frustrante amar por toda uma vida o vazio, um espelho onde só é possível ver o seu próprio amor refletido. Se tal feito for vivido, com certeza é uma experiência dolorosa, onde não vale a pena tal sacrifício.

Dentre os meus relacionamentos efêmeros, já tive oportunidades de ver algumas demonstrações de mulheres que se diziam apaixonadas por mim.

Mas acredito que o motivo de tal sentimento, seja o fato de ver em mim, a figura daquele que iria libertá-las da solidão, pelo fato de num curto espaço de tempo eu ter saciado a carência que sentiam. O fruto de tal sentimento foi à carência e o vazio, a solidão que sentiam dentro de si. Digo isso com conhecimento de causa, pois na minha adolescência, todos os meus amores platônicos, eram fruto da carência que sentia.
Enquanto escrevo esse texto, milhares de pessoas estão enclausuradas em salas de bate-papo, muitas procurando a perfeição que não encontram em si.

Muitas pessoas procuram alguém para andarem mãos dadas, fazer desenhos em nuvens, alguém para dividir as alegrias e as tristezas, procuram alguém em quem confiar, procuram alguém para curar a solidão que sentem.

É possível ter casado, noivado, viver cercado de pessoas, e mesmo assim estar só, a solidão não é o fato de simplesmente estar só, é um estado de espírito que é necessário ser vivido para ser compreendido.

A solidão pode ser algo momentâneo como a alegria e a tristeza. Como pode ser intensa como a paixão, ou duradoura como o amor.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O Sexo dos Anjos


O sexo é sagrado ao mesmo tempo em que é profano
O sexo pode ser tudo ou pode ser nada
O sexo pode ser a salvação ou a perdição de uma pessoa
Vai do frenesi com rompantes de desejos e de ternura
O sexo é transgressor, é paradoxalmente excitante
É o momento de glória para o homem

O sexo é lúdico, é contemporâneo
O sexo pode ser político
Pode ser socialista, pode ser comunista
Pode ser neo liberalista, pode ser burocrático
Pode ser de esquerda, de direita, por cima ou baixo
Na cama ou em baixo da chuva

O orgasmo é o elixir do Deuses, um ato sagrado
Que fora abençoado pelos anjos.
É puritano é efêmero
É biológico e metafísico
Pode ser para toda uma vida
Como pode ser apenas por uma noite

O sexo deve ser vivido e explorado em toda sua magnitude
Em toda sua essência, o sexo é transformador
É apoteótico, é o momento único
Transforma meninos em homens
E transforma mulheres em Deusas

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O Desejo de Colombina



A colombina ama o Pierrot, mas morre de desejo pelo Arlequim. O canalha representado por Alerquim é o amante ensandecido, que tortura os pensamentos de luxúria de Colombina. Que ao mesmo tempo, se divide entre o amor lúdico de Pierrot, um amor puro, pelo qual Colombina sempre sonhou.

Essa representação do conto carnavalesco de Colombina é o mais puro retrato da paixão, que muitas mulheres nutrem pelo canalha. O canalha é sedutor, tem um brilho no olhar que encanta e que enfeitiça as mulheres de um modo geral. Ele tem o dom de falar a palavra certa na hora certa, falar aquilo que uma mulher precisa ouvir naquele momento.

O bonzinho que no conto carnavalesco é representado pelo Pierrot, é o par ideal para ter um relacionamento estável, para ter filhos e construir uma família. Mas na maioria das vezes, o bonzinho não sacia o desejo da mulher, como o canalha o faz tão bem. Com o bonzinho a menina vira esposa, já com o canalha a menina vira mulher.

Nem sempre o canalha é o mais bonito, nem o mais inteligente, muitas mulheres tem dificuldade para encontrar uma razão racional, uma razão lógica para terem se apaixonado tão intensamente pelo canalha.

Conheço história de mulheres devotas, fiéis a seus maridos, que trocaram um casamento de anos e anos, por uma efêmera aventura amorosa com um canalha. A imprevisibilidade do canalha seduz facilmente, a mulher entediada com a rotina e a tranqüilidade proposta pelo homem devoto, muitas vezes representado pelo próprio marido.

O bonzinho é aquele que procura ser o príncipe encantado, é romântico, leva sempre uma caixa de chocolate, manda flores e poemas em que declara seu eterno amor, entre outras coisas do tipo. Esse perfil de homem entendia facilmente a maioria das mulheres.

Apesar do homem bonzinho se encaixar no perfil de homem perfeito, ele não gera a mesma emoção e a mesma expectativa que o canalha. Isso acontece, pois a mulher é apaixonada pelo desafio, ela gosta de usar todo o seu poder de sedução para conquistar um homem. O canalha não se deixa apaixonar facilmente e isso desperta um desejo quase instantâneo de conquistá-lo.

É quase uma questão de honra conquistar um canalha, fazer com que ele se apaixone perdidamente. Quando se consegue conquistar o canalha, todo sofrimento passado, todas as noites em que passou em claro chorando, são recompensadas, quando consegue ter o canalha por completo. Nem que isso seja por um curto espaço de tempo, como acontece na maioria das vezes.


Autoria de
Kadan Cordeiro

sábado, 8 de maio de 2010

Medo de Mulher Bonita




Não é difícil ver mulheres lindíssimas solteiras, que tenham dificuldade em arrumar um namorado, mesmo porque esse tipo de mulher é seletiva por natureza.

Tenho uma amiga que é o retrato desse tema que escrevo. Ela é lindíssima, tanto de corpo, quanto de rosto. Ela no alto de seus 1,95 de altura é uma menina meiga, inteligente, interessantíssima e tem um senso de humor incrível. É raro ver mulheres bonitas, que tenham conteúdo e que não sejam arrogantes de certa forma.

Essa minha amiga, tem uma dificuldade enorme de ter um relacionamento estável. Todo relacionamento que ela começa simplesmente terminam antes mesmo de começar. Ela diz que os homens a deixam sem uma explicação convincente.

Talvez seja sua altura que assuste os homens, que não estejam acostumados a ver mulheres tão altas assim. Mas acredito que o real motivo de sua solidão seja a sua independência. A independência que essa minha amiga ostenta, seria um atrativo a mais na teoria, mas na prática torna-se um repelente de pretendentes, com uma eficácia sem tamanho.

A beleza acompanhada de conteúdo traz a independência, que assusta e que afugenta o macho com sede de dominação. De 30 anos para cá, a mulher conquistou sua tão almejada independência. Hoje a mulher tem o direito de escolher com quem vai para a cama e não mais o contrário, como era de costume.

Hoje a mulher é muito mais vaidosa, valoriza muito mais a beleza de seu corpo, trava uma luta com o tempo e com o espelho. A mulher de hoje em dia é dona de si, tem consciência de sua importância e do seu valor. Mas infelizmente nem tudo são flores, e na maioria das vezes a solidão é o preço a se pagar para ser livre.

Particularmente eu gosto de mulheres independentes, valorizo a personalidade de mulheres que não se deixam levar. Na minha concepção, a inteligência é afrodisíaca, e se nesse caso vier acompanhada da beleza, é um convite para a perdição.

Mas infelizmente vivemos em uma sociedade machista, onde muitos homens se assustam ao ver uma mulher bonita e independente. Todos os homens querem ter uma noite de sexo com uma mulher capa de Playboy, mas somente alguns querem ter um relacionamento com essa mesma mulher. Parece contraditório, mas se tratando de homem não é.

Esse caso me fez lembrar um amigo, que fazia questão de terminar todo relacionamento que começava, ele dizia que fazia isso, pois era orgulhoso demais para aceitar que uma mulher terminasse com ele.

Muitos homens, como esse meu amigo tem atitudes semelhantes, não pelo fato de serem extremamente orgulhosos, mas sim de serem inseguros. Para um homem de auto-estima baixa, ter um relacionamento com uma mulher que tenha esse perfil requer uma segurança e um autocontrole. Pois a concorrência é o preço a se pagar, por ter ao seu lado uma mulher que desperta a cobiça em outros homens.

Caso não se tenha essa segurança, ocorrem crises de ciúmes, que irão ocasionar inúmeras brigas, que por conseqüência leva o relacionamento ao desgaste prematuro.

Eu nunca tive um relacionamento com uma mulher bonita, digo bonita segundo os padrões estéticos atuais. Mas todas tiveram algo que me chamaram atenção, seja o sorriso, o olhar penetrante, sejam os lábios carnudos, seja a personalidade, enfim todas tinham uma beleza peculiar aos meus olhos. Mas todas sem dúvida alguma eram mulheres interessantes, independente de sua beleza.

O Orgasmo




Outro dia estava vendo no Discovery Chanel, uma matéria em que falava sobre a vida sexual dos animais, fiquei feliz em saber que o golfinho, é o único animal que transa por prazer, ao contrário de todos os outros animais, que transam para procriar e somente isso.

Vi também coisas bizarras, tais como o sexo do Louva-Deus. Você sabia que o Louva-Deus macho não pode copular enquanto a sua cabeça estiver conectada ao corpo? A fêmea inicia o ato sexual arrancando-lhe a cabeça

Alguns leões se acasalam até 50 vezes em um dia. Por isso que eles são os reis dá selva, tamanha virilidade não é para qualquer um.

Mas o leão não supera em qualidade o porco. É isso mesmo o porco gordinho desajeitado com aquela cara de besta, tem orgasmo que dura 30 minutos, provando mais uma vez que quantidade como a do Leão, não representam qualidade. Realmente o porco de besta, só tem a cara e o jeito de andar.

Deixando o mundo animal de lado, o orgasmo é o momento de glória para nós seres humanos, é um momento mágico. Naqueles poucos segundos, o homem vê a importância de sua existência sendo consumada, entre o delírio e a loucura, de um frenesi que somente nós e os golfinhos sabemos (pelo menos eu acho).

Falo do orgasmo masculino, como conhecimento de causa. O orgasmo é um momento mágico, onde se pode ver estrelas e sentir sensações inimagináveis, por assim dizer.

Assim como Nelson Rodrigues dizia que a TV matou a janela, afirmo que, a rotina acaba com o alibido, com doses homeopáticas de pragmatismo na hora do sexo. Não existe algo mais nocivo para o tesão, do que o pragmatismo do sexo, a rotina e a estabilidade do relacionamento, acabam com qualquer sex appeal. É frustrante saber como terminará o sexo, antes mesmo de começar.

O sexo está interligado a durabilidade de um relacionamento, a pessoa ao seu lado pode ser a sua tão sonhada alma gêmea, sua cara-metade, pode te completar em todos os sentidos, mas se não te fizer gozar como desejas, a probabilidade desse relacionamento terminar é muito grande. Se goza com intensidade é na instabilidade da paixão, é aí que acontece os orgasmos mais intensos.

O amor vem depois do sexo, primeiro vem o tesão, aquela paixão enlouquecedora que é comum em começo de relacionamento. E naturalmente vai diminuindo a intensidade, dando lugar a um sentimento mais nobre de cumplicidade e de companheirismo, mais conhecido como Amor.

Mas esse ciclo depende do sexo, depende do tesão, do encaixe que acontece durante o sexo, pois o sexo com tesão torna-se paixão e o amor sem tesão torna-se amizade. Como já disse Arnaldo Jabor um dia, ninguém se masturba por amor ou sofre sem tesão.

Em relação ao orgasmo do homem, o orgasmo é mais racional, é algo direto, já a mulher goza antes durante e depois. A mulher necessita de fatores mais subjetivos para entrar no clima. Fato que muitos homens desconhecem.

A mulher não usa somente a visão para se excitar, assim como o homem. A mulher precisa do envolvimento, do toque, do beijo, do cheiro, da palavra perdida dita com a intensidade do desejo. Daquela pegada que a faz sentir como se fosse à única mulher a existir.

O orgasmo é o momento de glória é a consagração do desejo da carne, quando esse desejo é saciado. É o regalo divino ofertado pelos Deuses, que nós temos o prazer de desfrutar todos os dias.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Long Time




Recentemente passou na TV o filme Efeito Borboleta, pelo qual assisti pela 3° vez. Esse é o tipo de filme que pode reprisar que eu estarei assistindo, assim como: Ghost e Meu primeiro Amor, que não canso de assistir.

Efeito Borboleta é um filme contemporâneo, que nos força a uma analise sobre nosso passado, fazendo uma projeção em relação ao nosso futuro.

No filme traz como personagem principal, Evan (Ashton Kutcher) um jovem que luta para esquecer fatos de sua infância. Para tanto ele decide realizar uma regressão onde volta também fisicamente ao seu corpo de criança, tendo condições de alterar seu próprio passado. Porém ao tentar consertar seus antigos problemas ele termina por criar novos, já que toda mudança que realiza gera consequências em seu futuro.

Toda vez que vejo esse filme, me faz lembrar a minha vida e das minhas escolhas, como qualquer pessoa eu tenho arrependimentos, pois seria bom se eu falasse em certos momentos e me calasse em outros, tivesse dito sim em algumas oportunidades e tivesse dito não em outras, ter roubado aquele beijo, me declarado quando tive a oportunidade, tivesse me contido naquela situação e tivesse me manifestado em outras situações.

Mas se pudéssemos voltar no tempo, isso seria garantia de felicidade? Será que se pudéssemos alterar nosso passado, seria garantia de felicidade no presente?

Muito provavelmente não, pois nós nunca estamos satisfeitos com o que temos, essa é a diferença que nós temos em relação aos animais, nós buscamos sermos felizes e eles simplesmente o são.

Se eu pudesse voltar no tempo, voltaria aos meus oito anos de idade, seria uma criança mais confiante e menos complexada e não iria ligar para a opinião das outras pessoas. Com isso seria mais aceito pelos meus amigos e etc.

Mas se eu fosse assim com certeza eu não teria a personalidade que eu tenho hoje, não teria a mesma visão que eu tenho hoje. Pois muito provavelmente eu seria tão fútil quanto os meus amigos eram e hoje por conseqüência seria uma pessoa vazia.

E com certeza não teria escrito muito de meus textos e nem teria feito o blog do Homenzinho de Barba Mal Feita, no máximo teria um blog de humor com piadas copiadas da internet.

Mas toda escolha exige sua renúncia, se voltássemos ao passado e conseguíssemos a solução de um problema, por conseqüência criaríamos outros problemas. Nós só aprendemos com nossos erros e temos a ridícula tendência de somente valorizar aquilo quando perdemos.

O tempo em si é um grande professor, somente ele nos ensina com as derrotas e valorizarmos as vitórias. Com o tempo amadurecemos, crescemos como pessoa. Com o tempo deixamos de ter medo do escuro, deixamos de ser tão tímidos, de sermos tão inseguros.

Aprendemos que tamanho não é documento e que ter uma bundinha empinadinha não é tudo nessa vida. Deixamos de sermos tão fúteis, aprendemos a dar valor as coisas simples da vida, as coisas que realmente são importantes para nós.

Efeito Borboleta traz a tona o eterno desejo apoteótico do homem em decidir o seu destino, o desejo enraigado de controlar o tempo. No filme mostra como é frustrante para o pequeno grande ego do homem, em constatar a dura realidade, de que é controlado pelo tempo de que não pode voltar atrás e mudar o passado e decidir o futuro.

E se tivéssemos a possibilidade de voltar no tempo e consertar as besteiras que cometemos, a vida perderia muito do seu dinamismo, e deixaríamos de aprender com os nossos erros, pois é através dos erros que buscamos alcançar a perfeição.

Texto de autoria de Kadan Cordeiro, fora devidamente registrado em cartório.

terça-feira, 30 de março de 2010

O Paradoxo da Beleza



Desde os tempos mais remotos, que a beleza feminina causa controvérsias. Na china antiga, por exemplo, as meninas a partir de seus seis anos, tinham os seus pés enfaixados, e usavam sapatos com a numeração menor, conforme elas iam crescendo, os pés iam se deformando. Na fase adulta essas meninas tinham dificuldade para andar e, esse sacrifício era em sinal da beleza estética na época.

No início do século XX nos Estados Unidos e Europa, as mulheres usavam espartilhos que limitavam seus movimentos e causava uma série de problemas de saúde, incluindo insuficiência respiratória, atrofiamento dos músculos das costas e deformação do estômago e fígado. Isso tudo para ter uma cinturinha de “Pilão” e, esconder aquele pneuzinho.

Em algumas regiões da Ásia e da África, existem as “mulheres girafas”, que usam argolas no pescoço. Essas argolas representam classe social, sinal de vaidade e, de feminilidade para as mulheres daquela região. Algumas vezes deixam as usuárias deficientes e dependentes de seus maridos.

Daí vem à pergunta que não quer calar... Sinal de beleza ou submissão, imposta pelo sexo masculino?

Na antiguidade a coisa era diferente, e as gordinhas eram veneradas como símbolo de beleza. Um homem da época não se interessava por uma Marlyn Monroe da vida, pois, ser magro era sinal de doença e pobreza, pois era magro, pois não tinha o que comer.

Se antigamente as mulheres tinham que se entupir de torresminho para manter a forma, não é a cena que se vê nos dias atuais, onde se existe um culto a magreza esculpida e exagerada. E esse conceito já é introduzido já na infância, pois as bonecas Barbies e as Suzis são tão magras que até parecem anorexias.

Um corpo magro é sinal de beleza, um protótipo de sucesso. Imagem que fora criada pela sociedade, que estabeleceu esse padrão como beleza absoluta. Mesmo nos dias de hoje, o machismo continua enraizado nas entranhas da nossa sociedade, apesar da liberação sexual conquistada pelas mulheres, muitas mulheres sofrem por não se encaixarem no padrão de beleza estabelecido pela mesma sociedade. As mulheres invariavelmente confundem auto-estima com ter um corpo com curvas delineadas, sem estria e sem celulite.

Com essa ditadura da beleza, o tempo torna-se o maior carrasco para o Narciso, pois mostra de forma cruel que a beleza não é eterna. A bundinha durinha e empinadinha de hoje, será a bunda caída, com celulite e estria de amanhã. Em contra partida se já não temos o mesmo rosto lisinho, nos sobra experiência, maturidade e acima de tudo conteúdo.

Hoje as mulheres buscam a forma física ideal, a preço de dietas infindáveis, muita academia, lipoaspiração e drenagens ninfaticas, para conseguir enfim, sumir com a maldita celulite.

Mas acreditem meninas, só quem pode se dar ao luxo de usar fio dental sem celulite é travesti (o Ronaldo, que o diga). E às vezes nós homens até preferimos umas gordurinhas para pegar, ao invés de um ossobuco de passarela.


PS. E viva Venus Willindor Flarge(foto acima), a gostosona da pré-história!!!


Texto de autoria de Kadan Cordeiro, fora devidamente registrado em cartório.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Saudade de Lurdinha



Olavo estava sozinho em sua cozinha, saboreando o2° copo de whisky, chorando mais uma vez a partida de sua tão amada esposa Lurdinha, que faziam três anos que tinha ido embora com Fonseca seu amigo contador, que conheceu a muitos anos no fórum, onde durante muitos anos trabalhou como escriturário, agora que estava aposentado por tempo de serviço, via as horas de seu dia passar para constatar a inutilidade de sua vida, sem sua querida Lurdinha.

Hoje Olavo valoriza os afazeres domésticos que Lurdinha realizava, hoje andava com suas camisas quase sempre manchadas e abarrotadas, mostrando a dificuldade que ele tinha para passar uma camisa de botão.

Sem contar à saudade que sentia da rabada que só Lurinha sabia fazer, hoje gastava boa parte de sua aposentadoria, no bar do Feitosa, onde sempre comia um picadinho com moela no almoço e que trazia uma quentinha para jantar.

Olavo era feliz e não sabia, hoje era um homem melancólico, triste, amargurado pela falta que Lurdinha fazia em sua vida.

Olhando para aquele copo pela metade de Whisky em sua mão, Olavo pode ver onde errou com Lurdinha, onde que por 20 anos não soube valorizar a mulher que tinha em casa. Uma mulher dedicada, devota, companheira, que sempre esteve ao lado dele, mas que hoje se encontrava nos braços de Fonseca.

Cansado dessa vida miserável, Olavo decide tomar uma atitude radical nessa situação, em um gole só acaba com a dose que restava em seu copo. Levanta em direção ao armário da dispensa e abre em busca daquilo que enfim daria tranqüilidade a seu desespero.

Porém, Olavo leva um susto ao ver sair dela uma barata, com o reflexo que lhe restava, Olavo chuta a barata para o canto da cozinha. Voltando a sua atenção ao que realmente interessava naquele momento: um frasco de racomim.

Seria perfeito, pois somente um veneno de rato para matar outro rato, um rato que foi incapaz de demonstrar o tanto que amava Lurdinha. Agora já era tarde, na verdade passara da hora de dar fim aquele vida de lamúria que já duravam três anos.

Olavo enche mais uma dose de seu Whisky Johnnie Walker Gold Label 18 anos, que ganhou de seu chefe de repartição, quando completou dez anos de casado, onde nunca tinha aberto pois esperava uma ocasião especial, e aquela era a tão sonhada ocasião.

Olavo pega o racomim e despeja em seu whisky e diz:

- Todo castigo para corno é pouco!!!

Quando ia tomar olha para o canto da sala e vê que a barata que ele tinha matado ainda estava viva. Deixou o copo de Whisky em cima da mesa e se aproximou da barata. Agachou-se e pode ver que ela estava de ponta cabeça e mexia suas patas, num movimento irracional para se livrar da morte.

Olavo pode ver o desespero da barata em sobreviver, agonia que sentia pelo fato de não poder se defender nem de fugir, via que ela a barata mesmo sendo um inseto, não se deixava abater pelas dificuldades da vida e acima de tudo queria viver, mesmo sabendo que seria pelo resto de sua vida apenas uma barata.

Nesse momento Olavo, tomou consciência de sua fraqueza e de sua covardia em tentar acabar com sua vida. Olavo desvirou a barata e deixou que seguisse sua vida em paz, guardou o racomim e o Whisky e foi dormir, pois já passava da 23:00.

Texto de autoria de Kadan Cordeiro, registrado em cartório.

segunda-feira, 8 de março de 2010

A Mulher


O dia das mulheres é apenas uma data burocrática, pois todos os dias, por direito é dia das mulheres. O dia internacional da mulher foi criado na virada do século XX, para celebrar os protestos das mulheres que reivindicavam contra as más condições de trabalho, e pelos baixos salários pagos nas fabricas dos EUA e da Europa.

Hoje no dia das mulheres, além de ser uma data especial, é uma data em que posso homenagear as mulheres que tanto amo. Talvez o fato de ter crescido sem ter uma imagem masculina significativa, fez com que eu entendesse, muitas vezes o que as mulheres pensam e principalmente o que elas sentem.

Eu sou o que sou, graças às mulheres que passaram em minha vida, com cada uma eu pude aprender algo, tenho hoje dentro de mim pequenos pedaços dessas mulheres, que foram tão importantes na minha vida.

A mulher é representada biologicamente como o ser reprodutor, socialmente é o alicerce da família, antropologicamente é o ser que foi dominado, pela brutalidade e a racionalidade do sexo masculino.

Os antigos acreditavam que era somente através da mulher que se podia chegar até os Deuses. O sexo entre um homem e uma mulher, era um ato sagrado, a mulher era como se fosse um portal apoteótico. Os gregos acreditavam que a mulher era um ser enviado pelos anjos, e que deveria ser cultuada, pelo fato de ter recebido a dádiva dos Deuses de poder gerar outro ser.

Infelizmente a mulher nos dias de hoje já não tem o devido e mais do que merecido valor. A mulher muitas vezes é vista apenas como um pedaço de carne, para ser consumido e saciado em apenas uma noite e nada mais.

Há 50 anos a mulher nascia e crescia com um único objetivo: casar e ter filhos. Não tinha maiores aspirações na vida, seria somente uma dona de casa devota ao marido.

A grande maioria das mulheres do passado não sabia o que era viver a liberdade em seu esplendor, não sabia o que era um planejamento de uma carreira profissional, não sabia o que era um orgasmo, enfim não conhecia o poder de escolha. Hoje talvez o problema seja justamente a grande quantidade de escolhas que a mulher pode fazer em sua vida.

E esse excesso de escolhas reflete em sua felicidade nos dias de hoje. Recentemente saiu uma pesquisa que foi feita com1. 500 pessoas, que é realizada anualmente desde 1972, nos Estados Unidos que revela que a mulher de hoje á mais infeliz em relação à mulher de 30 anos atrás.

Essa pesquisa revela uma “crescente tristeza” da mulher e “crescente felicidade” do homem. Não sei até onde essa pesquisa condiz com a realidade dessa tristeza feminina. Mas uma coisa é certa, a mulher nunca foi tão pressionada como está sendo agora.
É muita pressão para uma mulher só, tem que ser uma profissional exemplar, ser ótima aluna, ser uma mãe atenciosa, sempre suprindo as necessidades dos filhos e do marido, ser uma esposa dedicada, que cumpre com maestria as obrigações do lar e ainda tem que ser a super gostosa, mesmo que não ligue para a barriga de chop, adquirida pelo marido ao longo dos anos de casamento.

Desse tempo para cá, muita coisa mudou com a ascensão das mulheres nos mais variados meios da sociedade. Esse fenômeno ocasionou algo que parecia inimaginável, que foi justamente a feminilização do macho. Hoje o homem tem mais liberdade e está aprendendo a lidar com os seus sentimentos, algo que as mulheres já nascem sabendo.

Por sua vez as mulheres se adaptaram a esse conceito reacionário do machismo dos nossos dias e está mais prática, mais racional. É uma inversão de valores de certo modo, que ocorre nos dias de hoje.

Vejo muitas mulheres, principalmente quando têm certo destaque profissional, tendo as mesmas atitudes e muitas vezes incorporando algumas características do homem. Isso é um grande erro, pois a história mostra que nós homens fracassamos. Nelson Rodrigues disse certa vez, que as feministas querem transformar a mulher em um macho mal acabado.

A mulher mesmo depois de ter queimado seu sutiã, deve continuar sendo mulher, tem que ter orgulho de sua essência, de sua sensibilidade que é o seu maior triunfo.

E é por essa sensibilidade que eu sou seduzido, é o que me encanta em cada mulher. Cada mulher possui um segredo, um mistério que nelas habitam. E esse mistério é revelado a poucos.

Voltaire já dizia que é no coração das mulheres que se reúnem todas as contradições, isso é verdade, pois, a mulher é um ser complexo e, de difícil compreensão. Um ser que é influenciado pela mudança da lua, assim como as marés, realmente não pode ser de fácil compreensão.

A mulher, por si só, é o símbolo do amor, e a razão pelo qual existe a poesia e a paixão. E por isso nem vale a pena entende-las, eu me contento somente em admirá-las.

Apesar de a mulher ser a imagem e a semelhança de Deus, eu não gostaria de ser mulher. Pelo fato de na condição limitada de homem, ter o privilégio de poder deitar e acordar ao lado de uma mulher, beijar, acariciar e acima de tudo, o privilégio de amar por toda uma vida, uma mulher.

Texto de autoria de Kadan Cordeiro, fora devidamente registrado em cartório.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Uma Cena de Cinema




Acabei de assistir uma cena, que com certeza ficará marcado em mim, assim como ficou marcado o choro angustiante de Vada, no velório de seu melhor amigo Thomaz, interpretado por Macalay Culkin, no filme Meu Primeiro Amor.

A cena em questão que me marcou é de um filme pornô, protagonizado pela atriz Leila Lopes e Ana Midori, onde filmam uma cena de sexo entre duas lésbicas. Leila Lopes fez sucesso na década de 90, onde trabalhou em novelas como: Pantanal da TV Manchete, Rei do Gado e Malhação em 1997 na TV Globo.

Confesso que a curiosidade de ver uma atriz que conhecia das novelas, atuando em um filme pornô, foi mais forte do que qualquer sentimento puritano que pudesse repudiar tal ato.

A cena em questão é do filme Pecado Final, onde Leila Lopes e Ana Midori deixam claro que aquele momento de desejo era único, somente delas. Não estavam ligando se estavam saciando o meu desejo, ou de qualquer outra pessoa, que estivesse vendo a cena, dentro de sua solidão efêmera. Na cena, elas procuram matar a fome da carne, sem nenhum tipo de pudor ou algum tipo de constrangimento, procuraram saciar somente o desejo delas, e de mais ninguém.

Não vi uma cena de sexo entre duas lésbicas, longe disso. Vi uma cena de amor entre duas mulheres, onde se deitavam em uma cama de casal, onde suas coxas bronzeadas e bem torneadas se confundiam a brancura dos lençóis. Na cena das duas, existia uma sinergia que jamais tinha visto, existia um toque diferente, uma troca de olhar que beirava ao romantismo, fugindo totalmente do clichê da pornografia escrachada, que estamos acostumados a ver

Era uma cena natural, uma cena erótica é verdade, mas uma cena natural. Onde as atrizes não precisaram fazer cara de safadinha, nem fazer alguma pose acrobática, nem gemidos extravagantes se ouvia. Os gemidos eram abafados, talvez para manter ainda mais intima aquela relação.

A pornografia em si, foi criada para ser consumida, não para ser vivida em sua exatidão. Por isso mesmo que alguns filmes, muitas vezes dirigidos por mulheres, deixam nós pobres mortais mais próximos das cenas vista nos filmes, pois fogem daquele clichê padronizado, onde o enredo do filme é o de menos.

Com o crescimento da exposição da pornografia, criou-se uma certa ditadura do sexo.Onde mulheres ficam de certa forma constrangida de não ter uma bunda holográfica nem um peito plastificado da atriz americana que vê na tela de sua TV, ou do monitor de seu computador.

Na maioria das vezes, a mulher não se vê nesses tipos de filme, tal ato foge de sua realidade, sente culpa por não ter libido suficiente para realizar aquela posição acrobática, sente inveja por não conseguir ter os ditos orgasmos cinematográficos, em que parece ser possível tocar o céu, de tão surreal que aparente ser.

Na maioria dos casos o homem com seu orgulho machista se recusa a assistir a um filme pornô acompanhado de sua parceira. Mesmo sabendo que isso possa melhorar a relação e o sexo em si.

O fato de saber que seu pinto não tem 23 cm e que não tem tanta resistência e que nunca vai conseguir proporcionar um orgasmo cinematográfico para sua companheira, desestabiliza, tira do eixo. O sexo solitário enclausurado, feito no banheiro é o preço a se pagar por sua inferioridade congênita.

A cena que me motivou escrever sobre o tema, mostrava dois corpos desnudos, em um ato que já fora sagrado no começo dos tempos, o ato da satisfação pela carne, satisfação de consumir e ser consumido pelo desejo.

Foi uma cena bonita, uma cena clássica do envolvimento de duas pessoas pelo mesmo desejo. Foi uma cena que não me deixou excitado como deveria, pois buscava uma cena de sexo e encontrei uma cena de amor entre duas mulheres.

Texto de autoria de Kadan Cordeiro, fora devidamente registrado em cartório.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Abençoada bunda de cada dia





Recentemente vi uma declaração um tanto quanto curiosa do Sean Combs, rapper conhecido como P. Diddy, comentando em seu Twitter as suas conclusões em relação à bunda das Brasileiras: "Brasil! Bunda! Bunda! Bunda! Bundas redondas de primeira! Por todos os lados! É um tsunami de bundas! Acho que gostei daqui!"

E essa declaração me obrigou, a uma análise que jamais tinha feito: Eu nunca me relacionei com nenhuma mulher possuidora de uma bunda de maiores apreciações, se assim pode-se dizer. Nunca tive nenhum relacionamento amoroso com uma mulher que tivesse uma bunda grande e formosa.

Esse fascínio pela bunda começou com a chegada das caravelas de Cabral, onde os Portugueses perdiam a compostura ao ver o rebolado de alguma escrava negra com as ancas largas. E nos dias de hoje não é diferente.

A bunda exerce um poder descomunal dentre os homens, é algo enigmático quase que místico, basta um simples rebolado para que a mulher conquiste o homem por completo, basta a mulher ter conhecimento e saber fazer uso dessa arma de sedução, tão eficaz contra os machos que a natureza lhe deu.

No século XVIII e XIV as mulheres davam um excessivo valor aos seios. As mulheres que freqüentavam as cortes Européias usavam e abusavam dos espartilhos e vestidos, que salientavam os seios. Mas os mesmos vestidos, tinham tanto pano, que escondiam a bunda dessas mulheres.

Existem homens que não se separam de suas mulheres, não pelo fato de a amarem, mas sim pelo fato de não conseguirem viver sem tocar e apalpar a bunda saliente de suas respectivas mulheres é como um fascismo tolerável.

A bunda pode ser a salvação ou a perdição de um homem. E digo mais, não existe carência afetiva para a mulher que possui uma bunda grande, ou se tem não deixa transparecer de forma tão latente quanto às desbundadas.

Tenho uma amiga por exemplo, que vive em função de sua bunda, afinal sua bunda é idolatrada pelos homens e motivo de inveja para muitas mulheres. Essa minha amiga, tem uma necessidade fora do comum de chamar a atenção para a sua bunda, muitas vezes rebola além do necessário, para chamar ainda mais atenção.

Geralmente os homens querem ter um contato maior com ela, não devido ao seu carisma, sua simpatia, seu conteúdo, mas sim para terem contato com sua bunda tão venerada. Os homens a vêem como um pedaço de carne e ela de certo modo adora se sentir como um pedaço de alcatra pendurada em um açougue.

Como sabiamente já disse o Arnaldo Jabor, a bunda muitas vezes torna-se a personalidade daquela pessoa, é uma característica que aquela pessoa possui, sem ela não é nada. E isso faz todo sentido, você já imaginou o que seria de Carla Perez, Mulher Melancia, Gretchen entre outras, se fossem desbundadas?

Particularmente sempre tive certa ressalva, certo distanciamento das mulheres de quadril avantajado, desde os tempos de escola. Sempre vi a bunda como um instrumento de dominação para os machos, sempre tive medo de mulheres com a bunda grande, sempre tive medo de ser dominado pela bunda, devido à imagem fascista que a bunda me provoca.

Apesar de ter essa visão esquerdista, de um autêntico Marxista em relação à bunda, confesso que os glúteos arredondados e salientes da anatomia feminina, me seduz, me encanta me estimula, me excita, me provoca indignação e ao mesmo tempo pensamentos de luxuria.

A bunda para mim é um enigma, um mistério que um dia pretendo decifrar, antes que a mesma me devore por completo.


Texto de autoria de Kadan Cordeiro, fora devidamente registrado em cartório.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Os Brutos também amam



Recentemente uma amiga me contou sobre um antigo caso de amor de sua vida, que reapareceu depois de nove anos ainda apaixonado. Hoje ela tem três filhos e é casada, e mesmo ela tendo reencontrado o grande amor de sua vida (pelo qual ainda é apaixonada), o casamento e os filhos a impedem de se entregar a essa paixão do passado.

Hoje ela mais madura reconhece que ele a amava de verdade, mas o que de fato impediu que os dois ficassem juntos, há nove anos atrás, foi justamente o simples fato dele não ter se declarado, não ter falado de seus sentimentos, não ter dado vazão ao que sentia.

Eu fiquei me perguntando depois, mas porque ele não se declarou para ela, o que o impediu de fazer isso? Parece simples para uma mulher, mas não é simples se tratando de homem.

Essa história, que mais parece roteiro de novela do Manoel Carlos, fez com que lembrasse do meu passado de amores platônicos, de minha adolescência, onde por várias vezes fui covarde em relação aos meus sentimentos. E assim como o homem do passado de minha amiga, também não me declarei sobre meus sentimentos e também fui covarde.

Poderia até ter namorado com algumas meninas que eram as razões de minhas paixões, mas devido a essa falta de tato que a natureza masculina me proporcionou, nunca consegui falar sobre meus sentimentos e com isso perdi muitas oportunidades. Preferia sofrer com aquele amor recluso com a impossibilidade daquele amor, do que ter a coragem necessária de abrir o meu coração e me declarar.

O homem sofre quando tem que lidar com questões emocionais, o homem não foi criado para sentir, não veio instalado em seu gene. O homem foi feito para ser racional, prático e o mais objetivo possível. O homem já nasce recheado de testosterona, justamente para ser o mais forte, mais decidido, mais corajoso, do que a mulher, principalmente para matar baratas, que é a tarefa do macho.

Muitas mulheres duvidam da sinceridade de sentimentos dos homens, mas eu digo que nós homens sofremos pelo nosso próprio orgulho, choramos por amor, e também nos arrependemos de amores perdidos, que muitas vezes nós não soubemos valorizar.

Até Hollywood, explora essa fraqueza do sexo masculino em seus filmes. Não é difícil achar uma comédia romântica onde um homem rude, sem sentimentos descobre o amor e se declara para a mocinha da história, sempre no final, com um ato de desespero e ao mesmo tempo um ato libertário. Onde finalmente o troglodita toma conhecimento de seus sentimentos, chega a ser comovente tal cena.

Nós homens não somos tão espontâneos quanto às mulheres, em relação ao que sentimos, por vezes sofremos muito mais devido a essa dificuldade de lidar com nossos próprios sentimentos, com nossas angustias e com nossos medos. Nós sofremos de um jeito particular, calado e quando choramos é com a luz apagada, deitado numa cama virado para a parede de preferência, para que ninguém possa ver nossas lágrimas e nossa “fraqueza” estampada.

Texto de autoria de Kadan Cordeiro, fora devidamente registrado em cartório.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Sobre o autor



Sou do tipo que Prefere ter uma vida amarga, a ter uma vida insossa...
Já fui pés descalços, hoje sou Havaianas Brasil.
Já tive certezas, hoje tenho dúvidas
Já fui Caras, Veja, hoje sou Superinteressante
Já fui Rexona, hoje sou Axe Chocolate
Já fui Rastafári, hoje sou do cavanhaque
Já fui socialista, hoje sou político

Sou circo, sou Teatro, sou boteco
Sou Bossa Nova, sou Rock´n Roll, sou Psy e forró sacana
Sou Mozart, sou Raul, sou Renato, sou Cazuza
Sou Pizza congelada, sou bolo de chocolate
Sou Daslu, sou Casas Bahia
Sou Palco, sou Picadeiro
Sou de Sol, sou de Lua
Sou de Inverno, Sou de Mate-Leão

Sou perfeccionista, sou o medo de tentar e de errar
Mas estou aprendendo, que errar é humano, e estou aprendendo a ser humano também
Sou a derrota, mas nunca o derrotado, pois, aprendi que a derrota faz parte da vida, mas ser um derrotado é um estado de espírito. E que O Fraco do ser Humano é algo latente e a tentativa de camuflá-lo, é um erro sem propósito

Sou Montanha Russa, sou Roda Gigante
Sou por vezes impulsivo, e por muitas vezes contido
Sou independente, mas não sou autônomo
Sou orgulhoso, sou mentira mal contada, e por vezes sincera até demais
Mas não sou teimoso... Pois, teimoso é quem teima comigo

Sou camaleão, sou Leão com ascendente em Capricórnio
Sou Megalomaníaco com crise existencial, sou metarmofose ambulante
Sou sonhador, com sonhos inacabados e projetos remendados
Sou Poesia, sou paródia, sou rima mal rimada

Sou Voltaire, sou Nietzsche, sou Álvares de Azevedo, sou Mauricio de Souza
Sou Arnaldo Jabor, Sou Chaves, sou Bob Esponja
Sou Bi-Polar, sou DDA

Sou distraído, sou confuso, sou inconfundível
Sou Passional, sou intenso
Sou velho rabugento, sou moleque
Sou começo esperando por um fim
Tenho 23 com cabeça 40 e sempre terei um espírito de um moleque de 8
Sou criança que dança ciranda, sou homenzinho com barba mal feita
Sou consciente com desejos inconsequentes


Sou Corintiano, maloqueiro e sofredor... Graças a Deus!!!
Sou extenso, sou limitado, sou cheio de defeitos, um ser em construção
Já fui exterior, hoje sou pátria amada idolatrada salve, salve!!!
Já fui multidão, hoje sou solidão
Já fui casa cheia, hoje sou casa vazia
Já fui Madri, hoje sou Vila Formosa
Já fui Pelegrino, hoje sou eremita
Sou fácil de conviver e difícil de entender
Sou carente sim, sozinho às vezes

Sou doce, sou amargo, sou agridoce
Sou a preguiça, sou a saliva da sede, sou fome de comer
Já preferi meninas, hoje prefiro mulheres
Sou Kama Sutra, sou dormidas de conchinha
Sou tarado por sexo, mas sonho em fazer amor
Sou mais amigo do que galante
Sou Pierrô em busca de uma Colombina
Já fui romântico, hoje sou estrategista
Já fui apaixonado, hoje sou amante
Sou Marte, sou Vênus

Sou amor tranqüilo com gosto de fruta mordida
Sou Fera sou Bicho, sou anjo e sou mulher
Sou o firmamento na terra, e Busco ser a extensão do céu
A letra A tem o meu nome
Sou analítico, pois, já fui analisado
Sou mocinho, sou bandido
Sou sonho de criança, sou ambição de gente grande
Sou uma lagrima e um Sorriso

Sou o desejo de desejar
Desejo de amar e de ser amado
Desejo de ser amado sim, desejo de ser compreendido jamais, pois, aprendi com meu amigo Khalil Gibran, que aqueles que nos compreendem, fazem de nós escravos.
Sou o desejo por si só, nu e de mãos dadas com a esperança
Sou o pecado, sou o pecador!!!
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