
Desde os tempos mais remotos, que a beleza feminina causa controvérsias. Na china antiga, por exemplo, as meninas a partir de seus seis anos, tinham os seus pés enfaixados, e usavam sapatos com a numeração menor, conforme elas iam crescendo, os pés iam se deformando. Na fase adulta essas meninas tinham dificuldade para andar e, esse sacrifício era em sinal da beleza estética na época.
No início do século XX nos Estados Unidos e Europa, as mulheres usavam espartilhos que limitavam seus movimentos e causava uma série de problemas de saúde, incluindo insuficiência respiratória, atrofiamento dos músculos das costas e deformação do estômago e fígado. Isso tudo para ter uma cinturinha de “Pilão” e, esconder aquele pneuzinho.
Em algumas regiões da Ásia e da África, existem as “mulheres girafas”, que usam argolas no pescoço. Essas argolas representam classe social, sinal de vaidade e, de feminilidade para as mulheres daquela região. Algumas vezes deixam as usuárias deficientes e dependentes de seus maridos.
Daí vem à pergunta que não quer calar... Sinal de beleza ou submissão, imposta pelo sexo masculino?
Na antiguidade a coisa era diferente, e as gordinhas eram veneradas como símbolo de beleza. Um homem da época não se interessava por uma Marlyn Monroe da vida, pois, ser magro era sinal de doença e pobreza, pois era magro, pois não tinha o que comer.
Se antigamente as mulheres tinham que se entupir de torresminho para manter a forma, não é a cena que se vê nos dias atuais, onde se existe um culto a magreza esculpida e exagerada. E esse conceito já é introduzido já na infância, pois as bonecas Barbies e as Suzis são tão magras que até parecem anorexias.
Um corpo magro é sinal de beleza, um protótipo de sucesso. Imagem que fora criada pela sociedade, que estabeleceu esse padrão como beleza absoluta. Mesmo nos dias de hoje, o machismo continua enraizado nas entranhas da nossa sociedade, apesar da liberação sexual conquistada pelas mulheres, muitas mulheres sofrem por não se encaixarem no padrão de beleza estabelecido pela mesma sociedade. As mulheres invariavelmente confundem auto-estima com ter um corpo com curvas delineadas, sem estria e sem celulite.
Com essa ditadura da beleza, o tempo torna-se o maior carrasco para o Narciso, pois mostra de forma cruel que a beleza não é eterna. A bundinha durinha e empinadinha de hoje, será a bunda caída, com celulite e estria de amanhã. Em contra partida se já não temos o mesmo rosto lisinho, nos sobra experiência, maturidade e acima de tudo conteúdo.
Hoje as mulheres buscam a forma física ideal, a preço de dietas infindáveis, muita academia, lipoaspiração e drenagens ninfaticas, para conseguir enfim, sumir com a maldita celulite.
Mas acreditem meninas, só quem pode se dar ao luxo de usar fio dental sem celulite é travesti (o Ronaldo, que o diga). E às vezes nós homens até preferimos umas gordurinhas para pegar, ao invés de um ossobuco de passarela.
PS. E viva Venus Willindor Flarge(foto acima), a gostosona da pré-história!!!
Texto de autoria de Kadan Cordeiro, fora devidamente registrado em cartório.